Protestos
Sexta-feira será de paralisação em todo o país
Servidores federais vão promover atos contra reformas e medidas adotadas pelo Governo Temer
Jô Folha -
Servidores da rede federal de ensino devem paralisar as atividades nesta sexta-feira (10) em todo o país. Na região, docentes e técnico-administrativos das universidades federais de Pelotas (UFPel) e do Rio Grande (Furg) e dos institutos federais Sul-rio-grandense (IFSul - campi Pelotas e Visconde da Graça) e do Rio Grande do Sul (IFRS - Campus Rio Grande) programam atos nos dois municípios. A expectativa é de adesão da maior parte dos servidores de todas as categorias. A principal reivindicação dos trabalhadores da Educação é a revogação da Reforma Trabalhista e da Medida Provisória (MP) 805.
A data é considerada estratégica porque marca a véspera da implementação da Reforma Trabalhista. A categoria classifica a medida como uma forma de retirar os direitos adquiridos pelos trabalhadores nas últimas décadas. Um dos principais pontos polêmicos é o que coloca os acordos coletivos entre patrão e funcionários acima da legislação trabalhista. Direitos como 13º salário, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), seguro-desemprego e licença-maternidade não poderão ser negociados. Para os governistas, a medida “moderniza” as relações de trabalho.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) lançou uma campanha nacional pela anulação da Reforma Trabalhista. Em todo o país, sindicatos estão recolhendo assinaturas em apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular que visa à revogação da reforma. É necessária a participação de 1% dos eleitores brasileiros, o equivalente a pouco mais de 1,4 milhão de votantes. No município, o movimento ocorre há duas semanas na Esquina Democrática (cruzamento das ruas Andrade Neves e 7 de Setembro). Para apoiar a iniciativa basta assinar a petição e informar o número do título eleitoral.
Outra reivindicação dos sindicatos é a revogação das MP 805. Proposta pelo presidente Michel Temer (PMDB), ela versa sobre o congelamento dos salários de servidores federais no ano de 2018. Estima-se que 600 mil trabalhadores sejam afetados pela medida. A proposta também aumenta a contribuição ao INSS de servidores que recebem mais de R$ 5,5 mil mensais. O valor destinado à Previdência passará de 11% para 14%. A proposta está aguardando instalação de comissão mista na Câmara dos Deputados. Em pesquisa feira no site do Congresso Nacional, 97% dos usuários afirmam ser contra a medida.
Greve dos servidores
A sexta-feira assinala, também, o início da greve dos técnico-administrativos da UFPel. A presidente da Asufpel, Maria Tereza Fujii, espera a adesão de quase todos os 1.330 técnicos da universidade. O reitor Pedro Hallal afirma que esses servidores são essenciais para o funcionamento de toda a estrutura da instituição e respeita o movimento da categoria. Como administrador, ressalta que seu papel é organizar a universidade para que a greve não tenha tanto impacto sobre o seu andamento. “O movimento é uma estratégia de luta. Nós respeitamos os trabalhadores e consideramos suas pautas extremamente justas”, analisa o reitor.
Cronograma
Pelotas
Na cidade, os sindicatos dos docentes da UFPel (Adufpel), dos servidores do IFSul (Sinasefe) e dos técnico-administrativos da UFPel (Asufpel) farão dois atos coletivos.
14h - Abraço na Justiça do Trabalho (rua 29 de Julho, 160, Areal).
16h - Ato unificado contra as reformas e medidas dos governos Temer e Sartori. Agrega-se à atividade um ato contra o projeto Pacto pela Paz do governo municipal.
Rio Grande
Os docentes da Furg e do IFRS - Campus Rio Grande irão paralisar suas atividades nesta sexta-feira. Já os técnico-administrativos da Furg têm uma programação específica:
7h - Panfletagem no pórtico de acesso da Furg e na entrada do IFRS
9h - Assembleia no estacionamento do prédio 4 (Campus Carreiros)
14h - Coleta de assinaturas para a campanha nacional da CUT pela anulação da Reforma Trabalhista
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